sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "Louca Obsessão"

Louca Obsessão
(Misery)
Direção: Rob Reiner
Disponibilidade: Netflix/Dowload/Online

Adaptado da obra homônima de Stephen King, Misery (ou “Louca Obsessão”, como diz o título óbvio brasileiro) é um filme tão “fácil” de se assistir quanto perturbador. O filme é um deleite para qualquer um que consiga agüentar suas quase duas horas de muitos momentos de tensão na história trágica de Paul Sheldon (James Caan), um escritor sem muita aclamação da crítica que, após um acidente de carro, é resgatado pela enfermeira Annie Wilker (Kathy Bates). Mostrando-se preocupada em ajudar, sendo a “fã número um” do escritor, logo Annie mostra sua verdadeira face, a tal louca obsessão presente no título nacional. Assim, o filme fica aberto para poder trabalhar de forma magnífica a psicopatia, a “inspiração” autoral e o trauma.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Crítica: "Star Wars: O Despertar da Força" (vídeos)


          E aí jovens padawans? Não é nem um pouco difícil perceber que nós aqui do História em 35mm somos enormes fãs de Star Wars. O sétimo filme da franquia ("O Despertar da Força) é aguardado por nós há mais de dois anos, tendo aparecido em primeiro na nossa lista de filmes mais aguardados de 2015). Também gravamos há pouco mais de um mês atrás um vídeo falando sobre as nossas expectativas sobre o filme e especulações sobre a trama. Esta semana finalmente conseguimos assistir o filme e resolvemos trazer nossas impressões à vocês em formato de vídeo, para conseguirmos nos expressar melhor e com mais tempo, assim como ter mais dinâmica discutindo sobre o filme entre os dois membros do blog. Portanto, deixo abaixo os dois vídeos que gravamos, o primeiro completamente livre de spoilers (não comentamos nem detalhes da trama) e o segundo completamente infestado de spoilers. Se não assistiram o filme ainda, assistam. E que a Força esteja com vocês!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Não Viu? O Fábio Recomenda! - "Sem Limites"

Sem Limites
(Limitless)
Direção: Neil Burger
Disponibilidade: Netflix/Download/Online

Por Eddie Morra



          Imagine ser capaz de acessar a totalidade de suas faculdades mentais, explorar a plenitude de suas propriedades intelectuais, emotivas e sensoriais. Tal dádiva cai no colo do vagabundo/escritor Edward Morra (Bradley Cooper), traduzindo-se como o enredo do excelente thriller “Limitless”. O privilégio do saber total chega ao nosso protagonista num momento de extremo declínio existencial, em que sua vida parece ter finalmente atingido o ponto mais baixo, o fundo do poço, o marasmo absoluto. Eddie logo se apresenta, em primeira pessoa, dizendo-se um trintão largado no mundo, cujas ambições foram devoradas pela apatia. O último suspiro de esperança para o pobre Eddie se esvai quando sua namorada, interpretada pela bela Abbie Cornish (RoboCop) rompe o relacionamento por não aturar mais o quadro deprimente que ele havia se tornado.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "Say Anything"

Digam o Que Quiserem
(Say Anything)
Direção: Cameron Crowe
Disponibilidade: Download/Online

Por Obi-Wan



     Primeiro filme de Cameron Crowe, "Say Anything" é um dos exemplos que comprovam que experiência não é um pré-requisito para se dirigir um excelente filme. Lançado no fim da década de 1980, "Say Anything" ostenta claramente em seu roteiro e direção as marcas de tal período, que produziu grandes filmes sobre a juventude. Como fruto dessa geração, o filme de Crowe consegue a façanha de soar sempre jovial e fresco sem ser ingênuo, falar abertamente sobre amor sem ser brega e ser dramático sem pender para o melodrama. Por conta disso, "Say Anything" é um daqueles raros filmes que conseguem te fazer esquecer que está assistindo a algo roteirizado. A trama do filme soa tão orgânica e os personagens são capazes de estabelecer tamanha empatia que uma imersão completa é praticamente inevitável.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "O Homem Elefante"

O Homem Elefante
(The Elephant Man)
Direção: David Lynch
Disponibilidade: Dowload/Online

Por Han Solo


“Eu não sou um elefante! Eu não sou um animal! Eu sou um ser humano!"


Quando esta frase é dita pelo protagonista à seus agressores curiosos que o encurralam, retiram seu capuz e o julgam por sua aparência deformada por uma doença rara, a frase também atinge o espectador que, de curioso e chocado pela figura do jovem cruelmente apelidado de “Homem Elefante”, passa ao longo do filme para sensibilizado e envolto de empatia por um ser humano que poucas vezes conheceu o exercício da palavra “carinho” em sua vida. O poder de chocar e sensibilizar está no centro narrativo desta maravilhosa obra de David Lynch, desde a pesada maquiagem que compõe o personagem título, até as lágrimas que escorrem dos olhos deste.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Crítica: "Victor Frankenstein"

Victor Frankenstein
Drama/Horror/Sci-Fi
Data de Estreia no Brasil: 26/11/2015
Direção: Paul McGuigan
Distribuição: Twentieth Century Fox Film Corporation


          "Frankenstein ou o Moderno Prometeu", de Mary Shelley é um dos mais conhecidos e importantes livros da história da literatura. Assim o é pois captura e explora de maneira perfeita os medos, anseios e esperanças da sociedade em que foi escrito, a Inglaterra do começo do século XIX. Como quase todo grande clássico da literatura, a história de Frankenstein já foi adaptada aos cinemas pelo menos mais de uma vez, em diferentes períodos. O que é interessante de se observar sobre essas adaptações é que, por mais fiéis que tentem ser ao livro original, todas elas acabam por ser essencialmente diferentes. Se eu havia dito que o livro representa os anseios da sociedade inglesa do século XIX, isso se aplica a cada uma de suas adaptações cinematográficas. Como indivíduos de uma determinada sociedade em um determinado período, tudo o que fazemos transparece aspectos de nossa própria cultura. Isso fica ainda mais claro quando se trata de cinema, uma forma de expressão artística, logo, cultural.

domingo, 29 de novembro de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "Além da Linha Vernelha"

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Além da Linha Vermelha
(The Thin Red Line)
Direção: Terrence Malick
Disponibilidade: Netflix/Download/Online

Por Obi-Wan



    "Além da Linha Vermelha" é um filme absolutamente especial, uma daquelas obras cinematográficas que aparecem apenas uma vez em cada geração. Nunca assisti um filme como esta incrível obra personalista de Terrence Malick, e duvido que um dia assistirei. Nada que você possa ler sobre "Além da Linha Vermelha" antes de assisti-lo pode te preparar completamente para o que é o filme. A narrativa se desenvolve ao mesmo tempo como um filme de guerra e como uma reflexão existencialista e poética sobre o que é a guerra. Sendo assim, "Além da Linha Vermelha" consegue ser ao mesmo tempo um épico de ação sobre a Segunda Guerra Mundial quanto um drama filosófico que compõe um estudo sobre o comportamento do indivíduo dentro de um dos piores momentos da história da humanidade, a Segunda Guerra Mundial.

domingo, 22 de novembro de 2015

Crítica: "Jessica Jones" (1ª temporada)

Jessica Jones
Ação/Crime/Drama
Data de Lançamento: 20/11/2015
Distribuição e disponibilidade: Netflix
Produção: Melissa Rosenberg


       Desde que foi anunciada, a parceria entre Netflix e Marvel prevê a produção de cinco diferentes seriados: "Demolidor", "Jessica Jones", "Luke Cage", "Punho de Ferro" e "Defensores", que unirá os quatro personagens. Estes foram selecionados para este projeto por um motivo bastante específico: são todos defensores urbanos, que entram nos becos escuros de Hell's Kitchen que o Homem de Ferro de Robert Downey Jr. jamais entraria. Enquanto os Vingadores salvam o mundo, os Defensores salvam a vizinhança, lutam contra o crime organizado e vilões que atuam nas sombras. Eles fazem o trabalho sujo. Portanto, suas histórias possuem possibilidades temáticas muito mais pesadas e complexas, que só poderiam ser satisfatoriamente desenvolvidas com o tempo de uma temporada de série de televisão. Se "Demolidor" já havia sido surpreendentemente excelente, "Jessica Jones" não deixa cair em nada o nível estabelecido pela série anterior.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Crítica: "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final"

Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
Mockingjay - Part 2
Ação - 2015 (Estados Unidos)
Data de Estreia no Brasil: 18/11/2015
Direção: Francis Lawrence
Distribuidora: Paris Filmes

“Desde o momento em que se anunciou que o terceiro livro seria dividido em duas partes me senti incomodado com a ideia, pois a motivação real de tudo isso era financeira e não artística. Me agrada muito ver que, pelo menos nessa primeira parte, a decisão se mostrou justificada pelo desenvolvimento de seu contexto político e de seus personagens. Só me resta agora ler os livros (pois, sim, os dois últimos filmes despertaram esta vontade) enquanto aguardo agora um final digno para a saga.”

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Alien (1979): No Espaço Ninguém Pode te Ouvir Gritar


Por Obi-Wan         

         Por mais que eu adoraria dizer que o subtítulo deste post é uma ideia original minha, preciso admitir: trata-se de uma tradução da tagline do filme, uma espécie de slogan que aparece nos posteres: In Space No One Can Hear You Scream. Sempre considerei essa a melhor tagline já pensada para um filme, pois além de despertar imediato interesse de quem a lê, ela consegue encapsular em poucas palavras a essência de "Alien: O Oitavo Passageiro" (1979): um incrível híbrido entre o terror e a ficção científica.
           Nesse post focarei mais no aspecto sci-fi do filme, porque além de este ser meu gênero favorito e sobre o qual acredito ter maior conhecimento, deixarei neste post o link para um podcast do República do Medo (do qual também participei) que aborda com mais enfoque os elementos do filme mais identificáveis com o gênero do terror. Portanto, considero que este texto e o podcast sejam complementares e recomendo que você o acesse neste link. Por conta disso, dedicarei a maior parte desta breve (prometo!) análise à primeira metade do filme.

domingo, 15 de novembro de 2015

Batalha - Star Wars: Episódio IV X Episódio V (vídeo)

Fãs de Star Wars e companheiros de trabalho não concordam em tudo! Por mais que o amor pela sétima arte seja algo comum entre nós dois, o cinema também nos dá assunto para muitos debates. Assim, aqui vai o nosso primeiro vídeo no modo "batalha", no qual apresentamos nossos argumentos para convencer a todos de qual filme da franquia Star Wars é o melhor: o episódio IV ou o episódio V? Assista o vídeo e diga-nos você qual a sua opinião sobre a batalha mais épica desde Mustafar! Não se esqueçam de curtir a página no facebook (https://www.facebook.com/historiaem35mm/) e se possível nos ajudar na divulgação desse vídeo. Obrigado, pessoal e que a Força esteja com vocês!!!


sábado, 14 de novembro de 2015

Festival da Bienal de Curitiba (FICBIC): breves análises


         Antes de mais nada, gostaria de dizer que lamento muito pelo pequeno número de filmes que consegui assistir no FICBIC. Por motivos da complicada rotina de faculdade, consegui ver apenas 4 filmes dos vários longas exibidos durante os nove dias de festival. Dito isso, gostaria de elogiar a iniciativa, que conseguiu trazer grandes filmes que o grande público não está acostumado a ver (me incluo nesse bolo), tanto nacionais quanto de países que escapam do eixo mercadológico mais conhecido (Estados Unidos, Inglaterra, França). Com o ingresso gratuito em todas as sessões, os filmes que assisti tiveram um bom público.
        Escolhi estes 4 filmes que comentarei nesse texto baseado pura e simplesmente baseado em meus próprios interesses, sem pensar em escrever críticas sobre esses filmes. Porém, me dei conta de que seria importante escrever pequenas considerações sobre essas obras, todas bastante diferentes das que costumam aparecer aqui no blog. Sem querer superestimar a capacidade de alcance deste post, deixo breves comentários sobre os filmes que assisti como uma forma de recomendá-los a nossos leitores.


sábado, 7 de novembro de 2015

Crítica: "007 Contra Spectre"

007 Contra Spectre
(Spectre)
Ação/Aventura
Data de Estreia no Brasil: 05/11/2015
Direção: Sam Mendes
Distribuição: Columbia Pictures


          Último filme da fase de Daniel Craig como o espião mais famoso dos cinemas, "Spectre" estreia nesta semana com a missão e a expectativa de superar seu antecessor, "Skyfall", grande sucesso de público e crítica. Almejando atingir tal objetivo, os produtores do filme convenceram Sam Mendes a voltar para comandar a sequência, mesmo após o diretor ter afirmado não ter intenção de dirigir um outro filme da franquia 007. A trama de "Spectre" claramente se esforça para transmitir uma sensação de fechamento, desde seus minutos iniciais. Como último filme dessa fase de James Bond, é natural que ele tente levar em conta os eventos transcorridos nos filmes anteriores para fazer uma espécie de apanhado e concluir este arco. Para tanto, o filme usa como antagonista SPECTRE, a famosa organização dos filmes de 007, no mais clássico estilo do vilão aparentemente onipotente e onipresente, que espalha seus tentáculos por todos os lados.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

"Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força" - Expectativas e Especulações (vídeo)

Como enormes fãs de Star Wars que somos, ficamos extremamente empolgados nessa semana passada com o hype gerado em torno da franquia por conta do lançamento do novo trailer de "Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força". Por isso, trazemos para vocês nossas expectativas para esse novo filme da série e algumas apostas sobre o que achamos que irá acontecer no filme (já que o trailer não revela nada). Não se esqueçam de curtir a página no facebook (https://www.facebook.com/historiaem35mm/) e se possível nos ajudar na divulgação desse vídeo. Obrigado pessoal e que a Força esteja com vocês!!!



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Critica: "Sicario"

Sicario: Terra de Ninguém
(Sicario)
Ação/Crime/Drama
Data de Estreia no Brasil: 22/10/2015
Direção: Denis Villeneuve
Distribuição: Lionsgate


       Quando me perguntaram sobre a trama do filme que estava indo assistir hoje, confesso que, mesmo tendo assistido os trailers, tive dificuldades para explicá-la. Mesmo, após sair do cinema, falar brevemente sobre as linhas gerais da trama de "Sicario" é algo desafiador. Isso de maneira alguma quer dizer que o plot do filme é raso ou esquecível. Pelo contrário, "Sicario" é uma raridade no cinema hollywoodiano atual: um filme que explica pouquíssimo de sua história em diálogos exposicionais. A sensação de desorientação ao assistir o filme é proposital. Assim como a protagonista, Kate Macer, o espectador é levado a sentir-se intimidado frente ao intrincado e complexo mundo dos cartéis de drogas na fronteira entre o México e os Estados Unidos. O material de divulgação transmite (provavelmente de maneira intencional) a equívoca impressão de estarmos prestes a assistir um filme de ação sobre os cartéis, com Macer como a agente badass americana que chega para derrubar todo o esquema.

domingo, 25 de outubro de 2015

Apresentação do nosso canal no YouTube (vídeo)

É isso aí galera, nós do História em 35mm estamos felizes em anunciar que estamos concretizando um antigo projeto de expandir nossas ideias para o formato de vídeo. Abaixo há uma descrição mais completa de como funcionará a página do H35mm no YouTube (e algumas piadinhas também, claro). Já estamos com mais dois vídeos (sobre Star Wars) em processo de edição. Pedimos que vocês que já acessam o blog nos apoiem nesse outro projeto, assistindo o vídeo, se inscrevendo no canal e nos ajudando a divulgá-lo! Obrigado pelo apoio e que a Força esteja com vocês



           

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O porquê amamos cinema: "De Volta Para o Futuro"


Por André Arruda Nascimento

       Durante boa parte da minha vida meu relacionamento com a música e com o cinema se desenvolveu de forma paralela. Embora eu sempre nutrisse profundo amor por ambas as artes, poucos momentos me fizeram relacionar diretamente o meu sentimento pelas duas. Claro, cinebiografias, documentários e musicais estão sempre aí para garantir relações intensas entre a música, cinema e o espectador, mas aquele sentimento direto que simplesmente entra em nossa mente e deixa marcada para sempre aquele momento com uma cena e a música unidas como um todo é raro.

Crítica: "A Colina Escarlate"

A Colina Escarlate
(Crimson Peak)
Drama/Fantasia/Romance - 2015 (Estados Unidos)
Data de Estréia no Brasil: 15/10/2015
Direção: Guilhermo del Toro
Distribuidora: Universal Pictures

Por Han Solo

Síndrome de Burton
- Em referência ao famoso cineasta Tim Burton, a “Síndrome de Burton” é um fenômeno patológico no qual o realizador de um filme se preocupa muito mais com aspectos técnicos (tanto visuais quanto sonoros) do projeto em questão. Resultando em obras belíssimas de se acompanhar por despertar sensações variadas em nossos sentidos.

      No caso do paciente “A Colina Escarlate” podemos perceber um cuidado fantástico na construção da propriedade que dá nome ao filme: de aparência velha, porém imponente em sua construção de múltiplos andares e quartos, a casa representa um elemento vivo e complexo. Desde o enorme buraco no teto que deixa entrar neve, à terra vermelha que parece tanto sair da casa (numa referência interessante ao sangue dentro dela) quando a inunda, até a alternância entre cômodos muito bem ornamentados com outros decadentes, tudo trás o sentimento de que o lugar respira (literalmente).

sábado, 17 de outubro de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "As Aventuras de Tintim: O Segredo de Licorne"

As Aventuras de Tintim: O Sregredo de Licorne
(The Adventures of Tintim:The Secret of the Unicorn)
Direção: Steven Spielberg
Disponibilidade: Netflix, Download, Online

Por Han Solo

Faz anos que um cineasta chamado Steven Spielberg vai mais para o emprego ao invés de trabalhar. Comandando melodramas irritantes e filmes insuportáveis, Spielberg parece anos luz de distância do virtuoso cineasta que comandou um drama poderoso como “A Lista de Schindler”, uma obra de puro entretenimento e energia que era “Caçadores da Arca Perdida”, a ficção científica extremamente inteligente “Minority Report” e o thriller fantástico que era “Tubarão”. Eis então que surge “Tintim”, um filme que não só trás o cineasta abordando o puro entretenimento energético de um filme de aventura, mas que também se mostra como uma das exceções de qualidade da carreira atual do diretor.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Crítica: "Beasts of No Nation"

Beasts of No Nation
Drama/Guerra
Data de Estréia: 16/10/15 (Netflix)
Direção: Cary Joji Fukunaga
Distribuidora: Netflix


        A Netflix está aos poucos abocanhando vários mercados do entretenimento. Em 2013 o serviço lançou em seu catálogo "House of Cards", aclamada série que fez história no Emmy ao ser a primeira produção de um serviço de streaming a ser indicada e ganhar o prêmio mais importante da televisão. Além disso, a Netflx já vem há alguns anos produzindo documentários e filmes de baixo orçamento. O que estava faltado no catálogo de produções próprias da empresa era um filme mais expressivo, capaz de carregar seu logo para as grandes premiações do cinema. Da mesma forma que "House of Cards" chegou fazendo enorme barulho no mundo da televisão, "Beasts of No Nation" atraiu muita atenção do público desde seus primeiros trailers, que prometiam uma grande produção com uma história pesada e comovente. Após assistir o filme, confirmo todas as expectativas que tinha a seu respeito. "Beasts of No Nation" é praticamente um murro no estômago,um filme que traz em sua história espaço para inúmeras reflexões extremamente perturbadoras.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

10 filmes para estudar História


       A relação entre História e arte sempre foi muito forte e frutífera. Como representante de sentimentos e pensamentos, a arte nunca escapou à atenção do historiador, sempre em busca desses elementos que nos revelam tanto sobre uma sociedade. O cinema certamente não é diferente, tendo sua própria origem localizada em um momento histórico importante no final do século XIX. Daí para a frente, o rolo das câmeras sempre foi muito utilizado para registrar momentos importantes, mas também, como é o caso ao qual nos voltamos aqui, transmitir alguma mensagem sobre um importante momento passado. Por conta disso, desde o início do século XX houve uma profusão de filmes com temáticas históricas das mais variadas, sempre com uma mensagem implícita da sociedade que os produziu, mostrando sua visão sobre o passado representado.
            Por conta do que foi comentado no parágrafo anterior, o História em 35mm traz uma lista de 10 filmes que podem ajudar na compreensão dos temas que representam. É importante frisar que os filmes não podem ser considerados como uma representação absolutamente fiel daquele passado, mas como um estudo que a ele se refere. Nessa lista preferimos privilegiar 10 temas que não costumam ser centrais dentro das aulas de História, principalmente os vários momentos da História Contemporânea que os professores tem pouco ou nenhum tempo para abordar. Esperamos que essa lista sirva como construtora de conhecimentos gerais sobre momentos importantes da história mundial, mas que também ajude quem irá prestar vestibular e tem pouco tempo ou material para estudar esses temas mais "periféricos". Aqui vai a lista:

terça-feira, 13 de outubro de 2015

O porquê amamos cinema: "Procurando Nemo"


Por: Naiara

Como a maioria das pessoas, minha relação com o cinema surgiu através das animações Disney e em especial um longa que deve gerar um misto de emoções em todos nós, O Rei leão. Contudo não é sobre este filme que pretendo discorrer e sim um que tenho assistido demasiadamente nas ultimas semanas por conta de meu sobrinho de dois anos: Procurando Nemo. Essa animação é na minha mais humilde opinião uma das melhores animações da Pixar. Opinião esta muito baseada em minha experiência particular com esse filme.

domingo, 11 de outubro de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "O Último Reino" (piloto)

O Último Reino
(The Last Kingdom)
Data de estréia da primeira temporada: 10/10/2015
Canal de Exibição: BBC America
Disponibilidade: Download

Por Obi-Wan



    Até poucos anos atrás, era praticamente impensável que um best seller como "O Último Reino" fosse adaptado para a televisão ao invés de se tornar um blockbuster em Hollywood. Felizmente, atingimos um grande nível de semelhança entre as duas mídias, o que permite que tramas longas e complexas como a história de Uthred possam ser mais bem exploradas em forma de série, com seu formato muito mais extensivo, sem perder muito em qualidade de produção. Assim como "Vikings", excelente série com temática semelhante a essa, "The Last Kingdom" possui uma ótima recriação de época, com cenários e figurinos extremamente realistas, sem transmitir aquela sensação de algo barato e amador, característica negativa das séries televisivas dos anos 1990.

domingo, 4 de outubro de 2015

Crítica: "Perdido em Marte"

Perdido em Marte
(The Martian)
Ação/Aventura/Ficção-Científica
Data de Estréia no Brasil: 01/10/2015
Direção: Ridley Scott
Distribuidora: Twentieth Century Fox Film Corporation


          Assim como a arte sobre a qual escrevem, críticos de cinema muitas vezes também não conseguem escapar a alguns clichês. Antes mesmo do lançamento de "Perdido em Marte", muito se falou de uma possível volta á boa forma por parte de seu diretor, Ridley Scott, que havia anteriormente lançado 3 filmes de qualidade questionável (para entender melhor isso, basta ler a crítica que escrevemos sobre o irritantemente medíocre "Exodus"). Um dos melhores diretores de todos os tempos, Scott realmente merecia um filme que o recolocasse dentre os grandes nomes da atualidade. "Perdido em Marte" é esse filme. Porém, diferente do que eu esperava antes de assisti-lo, a direção de Ridley Scott está longe de ser o principal ponto positivo do filme. Isso não quer dizer que ela não seja impecável, mas há tantos destaques a serem comentados que o trabalho do diretor acaba ficando em segundo plano.

sábado, 3 de outubro de 2015

Não viu? Eu Recomendo! - Zodíaco

Zodíaco
(Zodiac)
Direção: David Fincher
Disponibilidade: Download/Online/Netflix

Por Han Solo

         Com toda certeza, David Fincher é o melhor diretor contratado da atualidade. Combinando estilo próprio, temas fortes e a obsessão tão característica aos gênios do cinema, Fincher sempre estabelece muito bem o universo sombrio, frio e calculista que cercam seus filmes (tirando, é claro, sua tentativa de melodrama em “O Curioso Caso de Benjamin Button”). Seus personagens sempre estão à procura de solucionar algum problema de forma extremamente racional, seus enquadramentos são pintados com o virtuosismo imagético de um filme mudo e nós, os espectadores, emergimos profundamente no ambiente do filme culminando em experiências formidáveis.

domingo, 20 de setembro de 2015

Crítica: "Que Horas Ela Volta?"

Que Horas Ela Volta?
Drama
Data de Estréia no Brasil: 27/08/2015
Direção: Anna Muylaert
Distribuição: Gullane Filmes/Africa Filmes/Globo Filmes (co-produção)


         A primeira impressão que a maioria das pessoas pode ter sobre “Que Horas Ela Volta?”, desconhecendo o enredo, é que seria mais uma comédia fraca semelhante a muitas outras produzidas pela Globo Filmes, afinal é protagonizado por Regina Casé, apresentadora do programa Esquenta. Se o seu impedimento para assistir esse filme se baseia nisso, tenho o prazer em dizer que você está errado, e eu também estava.
Dirigido e roteirizado por Anna Muylaert, “Que Horas Ela Volta?” narra a saga da pernambucana Val (Regina Casé) que semelhante a muitos nordestinos deixou sua cidade e família para tentar algo melhor em São Paulo. Lá ela passa a trabalhar de doméstica na casa de uma família da elite paulistana. Sua vida muda quando sua filha Jessica (Camila Mardila) entra em contato avisando que se mudaria para São Paula para prestar vestibular. Tendo uma visão completamente diferente da mãe, Jessica não vê com naturalidade a relação entre Val e seus patrões, tão pouco Barbara (Karine Teles) fica a vontade com as atitudes da menina. Desde sua chegada, Jessica não se mostra submissa aos donos da casa ou a sua mãe, para ela sua condição dentro da casa é de hóspede, portanto pode ir e vir quando quiser.

domingo, 13 de setembro de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "Lunar"

Lunar
(Moon)
Direção: Duncan Jones
Disponibilidade: Netflix/Download/Online

Por Obi-Wan



          Pessoalmente, "Lunar" é exatamente o tipo de filme que mais gosto: um filme de ficção-científica que se utiliza de um cenário em um futuro próximo para discutir assuntos delicados sobre nossa própria realidade. Essas discussões são abordadas de maneira bastante sutil e não são verbalizadas pelos personagens do filme, mas não é tão difícil encontrá-las nas entrelinhas.O filme explora temas como exploração espacial, a busca por novas formas de energia, o poder das grandes corporações e principalmente a possibilidade tecnológica de se replicar vida humana e as consequências disso. Porém, assim como o trailer do filme, pretendo não entregar muito sobre a trama, pois "Lunar" é um daqueles filmes que quanto menos você souber antes de assistir, melhor. O que vou dizer é que o filme começa como uma situação clássica da ficção-científica: um homem isolado de contato humano em uma estação espacial distante da Terra, tendo como companhia apenas uma inteligência artificial. Este homem, Sam Bell, passa a questionar sua própria sanidade e o filme se torna um thriller psicológico sobre isso... até de repente não ser mais.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Não Viu? O Stuart Recomenda! - "Valente"

Valente
(Brave)
Direção: Mark Andrews e Brenda Chapman
Disponibilidade: Download/Online

Por Obi-Wan



         Lançado pouco tempo depois da compra da Pixar pela Disney, "Valente" virou uma espécie de símbolo dessa transação. Carregando o selo de uma produção da Pixar, "Valente" é completamente diferente de tudo que o famoso estúdio havia feito antes, e não apenas por ser seu primeiro filme com uma protagonista mulher, ou ser o único a se passar completamente no passado. A estrutura narrativa do filme não tem nada de parecido com filmes como "Toy Story", alinhando-se muito mais com as clássicas fábulas e histórias sobre reinos dos filmes da Disney. Porém, "Valente" também não se encaixa perfeitamente nessa fórmula, pois sua protagonista, Merida, não é uma princesa comum, mas uma jovem que se rebela contra aquilo que ditam seus pais e a tradição de seu povo, recusando-se a fazer tudo que sua mãe considera que uma princesa deveria fazer, incluindo casar-se com um dos filhos dos líderes dos 3 clãs subordinados a seu pai.

domingo, 6 de setembro de 2015

Crítica: "Show Me a Hero"

Show Me a Hero
Drama/História/Política
Data de exibição: 16/08/2015 (Episódios 01 e 02); 23/08/2015 (Episódios 03 e 04); 30/08/2015 (Episódios 05 e 06)
Canal de exibição: Home Box Office (HBO)
Direção: Paul Haggis

          Vou avisando já no primeiro parágrafo, "Show Me a Hero" não é um filme, mas uma série de televisão. Para ser mais específico, uma minissérie de 6 episódios, totalizando algo em torno de 5 horas e meia de duração. Se não é um filme então por que estou escrevendo uma crítica sobre a série aqui no História em 35mm? Eu particularmente nunca acreditei muito na possibilidade de se falar satisfatoriamente sobre uma temporada inteira de uma série em apenas um texto. Porém, a única coisa que classifica "Show Me a Hero" como uma série de TV é... ter sido exibida semanalmente na HBO. Analisando todos os outros aspectos, poster, trailer, direção, elenco, sinopse, etc., temos a impressão de que o projeto estará em breve fazendo sua estréia nos cinemas. Então, afinal, por que foi exibido na televisão?

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Crítica: "Homem Irracional"


Homem Irracional
(Irrational Man)
Comédia/Drama
Data de Estréia no Brasil: 27/08/2015
Direção: Woody Allen

Distribuidora: IMAGEM FILMES


            Nem sempre um diretor consegue entender o material que lhe foi entregue pelo roteiro, algo que pode gerar resultados desastrosos (sim, pense em A.I – Inteligência Artificial) ou mesmo gerar uma obra irregular como este “Homem Irracional”, um trabalho que evidencia tal disparidade entre roteiro e direção... O que é mesmo irônico é o fato de ambos serem assinados por Woody Allen.
Mas, mesmo sendo irregular, esta é uma história típica do cineasta: Abe Lucas (Joaquin Phoenix), um professor de filosofia, leva sua vida na base do cinismo, depressão e muito uísque, envolvendo-se com sua jovem aluna Jill (Emma Stone) e com uma colega de trabalho, eis que um dia Lucas ouve uma conversa em uma cafeteria e ele vê um novo motivo para viver.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Não Viu? Eu recomendo! - "Senhores do Crime"

Senhores do Crime
(Eastern Promises)
Direção: David Cronenberg
Disponibilidade: Netflix/Download/Online

Por Obi-Wan



       Por uma série de motivos, "Senhores do Crime" não é (apesar do clichê título brasileiro) um típico filme de máfia. O primeiro desses motivos é o cenário: o filme se passa em Londres, não nos Estados Unidos. O segundo está no protagonista: Nikolai (Viggo Mortensen) não faz parte de nenhuma família importante da máfia russa, mas é um policial infiltrado pela inteligência de seu país, com a missão de ir galgando posições na linha de comando. Esta narrativa é bastante arquetípica e havia sido executada com perfeição no ano anterior por "Os Infiltrados" (2006). No entanto, o que torna o filme de Cronenberg interessante e diferente são os vários pontos de vista que podemos acompanhar no desenrolar da trama. Nikolai gradativamente transforma-se em protagonista, mas isso não é estabelecido logo no começo (ele está tão bem infiltrado que nem nós, assistindo o filme, percebemos que ele é um espião). Não temos nenhuma narração por parte de tal personagem, não vemos sua história antes de chegar a Londres e nem como ele se conseguiu se infiltrar em um círculo tão pequeno e cheio de regras. Esse mistério em relação ao protagonista é um elemento extremamente interessante.

sábado, 29 de agosto de 2015

Crítica: "It Follows"

Corrente do Mal
(It Follows)
Horror/Suspense
Data de estréia no Brasil: 27/08/2015
Direção: David Robert Mitchell
Distribuição: RADiUS-TWC


    Ahhhhhh, as adaptações de título brasileiras e sua compulsiva atração pelo clichê. É impressionante observar o estritíssimo padrão seguido: grande parte dos títulos difíceis de se traduzir ganham um complemento genérico, que é geralmente "do amanhã" para as ficções-científicas, "do amor" para comédias românticas e "do mal" para os filmes de terror. Seguindo essa lógica, "It Follows", título que define de maneira perfeita sobre o que o filme se trata e o clima geral de suspense que o cerca, virou por aqui o genérico "Corrente do Mal", que não se mantém verdadeiro ao filme e induz uma audiência desatenta a acreditar que este se trata de um terror no sentido mais estrito do termo, cheio de ação e cenas aterrorizantes, algo que "It Follows" definitivamente não é.

domingo, 23 de agosto de 2015

A Cruzada (2005): Uma pequena redenção de Hollywood


Por Obi-Wan

         Não deve ser novidade para ninguém que Hollywood vem há pelo menos 50 anos construindo uma imagem vilanesca e caricata do povo árabe. Sempre que um muçulmano é personagem de algum filme norte-americano, ele é quase sempre o vilão, cruel, terrorista, fanático religioso e desprovido de compaixão. Ou então é um alívio cômico, um personagem ignorante e ultrapassado, abaixo do nível dos outros personagens do filme e que serve para fazê-los rir. Os motivos dessa absurda caricaturização de um povo inteiro são principalmente políticos, visto que esta teria ficado mais forte nos anos 70, depois da crise do petróleo. Porém, antes disso já se existia uma enorme ignorância em relação ao "Oriente". "Lawrence da Arábia" (1962), um dos melhores épicos de todos os tempos, representa os árabes durante a Primeira Guerra Mundial como tribalistas violentos que não conseguiriam ter paz entre si sem a presença salvadora do homem branco britânico. Já na década de 90, após a Guerra do Golfo, temos o claro exemplo de "True Lies" (1994), onde os árabes são tanto vilões sem almas quanto ignorantes, e Schwarzenegger parece descarregar o ódio de toda uma nação em cima do personagem árabe. Para ver tudo isso de forma detalhada, basta assistir "Reel Bad Arabs: How Hollywood Vilifies a People", excelente documentário sobre o tema, disponível no YouTube.



terça-feira, 18 de agosto de 2015

John Hughes "Curtindo a Vida Adoidado"


Por: Han Solo

Começando com dramas pesadíssimos como “Touro Indomável” e “Gente Como a Gente”, indo até a câmera frenética de Assassinos por Natureza e os dramas humanistas e tocantes “Meu Pé Esquerdo” e “Sociedade dos Poetas Mortos”, os anos 80 representam um período de superprodução do sistema hollywoodiano (algo que culminaria com a retomada de força do cinema independente dos anos 90, mas isso é assunto para um outro post), sendo esta uma época na qual o desenvolvimento tecnológico advindo dos Blockbusters dos anos 70 e o refinamento artístico de mais de meio século puderam abrir espaço para uma imensa possibilidade temática e visual nas produções da época.


sábado, 15 de agosto de 2015

Crítica: "Missão: Impossível - Nação Secreta"

Missão: Impossível - Nação Secreta
(Mission: Impossible - Rogue Nation)
Ação/Aventura - 2015 (Estados Unidos)
Data de Estréia no Brasil: 13/08/2015
Direção: Christopher McQuarrie
Distribuidora: Paramount Pictures


       Chega aos cinemas brasileiros nessa semana "Nação Secreta", quinto filme da série Missão Impossível. Pouquíssimas franquias conseguem chegar a essa grande quantidade de filmes. Fazer isso e ainda conseguir que o quinto filme seja o melhor de todos é um feito ainda mais considerável. Assim como Velozes e Furiosos, Missão Impossível conseguiu achar uma maneira de se reinventar, ressuscitando uma franquia que parecia não poder mais render bons frutos. Desde o terceiro filme, dirigido por J.J. Abrams, novos diretores assumem a difícil tarefa de trazer algo novo, ainda que mantendo-se dentro de uma certa fórmula que sempre foi marca de todos os filmes da franquia. "Nação Secreta" segue, portanto, o tradicional padrão de um Ethan Hunt e sua equipe agindo de maneira independente, sempre cortados da IMF por algum motivo. Nesse caso, a própria agência é temporariamente desligada e Hunt deixado sozinho em sua luta contra o Sindicato, tornando-se um fugitivo (de novo).

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "Wal-Mart: The High Cost of Low Price"

Wal-Mart: The High Cost of Low Price
Direção: Robert Greenwald
Disponibilidade: Netflix/Download/Online

Por Obi-Wan



      Em direto contraste com as políticas da empresa sobre o qual o filme trata, "Wal-Mart: The High Cost of Low Price" (2005) (ou "o alto custo do baixo preço") é logo de cara extremamente honesto sobre suas pretensões. Do começo até o fim, este documentário é cercado por uma clara atmosfera de denúncia. Em sua duração de aproximadamente 98 minutos, o longa se estrutura de maneira extremamente inteligente: nos momentos inicias acompanhamos um discurso proferido pelo CEO da companhia, Lee Scott, no qual ele destaca várias práticas positivas promovidas pela companhia para qual trabalha. A partir disso, o diretor do filme, Robert Greenwald, vai desmentindo em tela cada uma das afirmações que Scott é mostrado fazendo. Assim, Greenwald não acusa somente as absurdas práticas promovidas pela gigante empresa, mas também aponta sua aparentemente infinita hipocrisia.

sábado, 8 de agosto de 2015

Crítica: "Quarteto Fantástico"

Quarteto Fantástico
(Fantastic Four) 
Ação/Aventura - 2015 (Estados Unidos)
Data de Estréia no Brasil: 06/08/2015
Direção: Josh Trank
Distribuidora: Twentieth Century Fox Film Corporation


     No início dos anos 2000, certamente incentivada pelo enorme sucesso dos dois primeiros filmes da franquia X-men, a Fox deu início à produção do filme que traria para as telas a origem do outro supergrupo dos quadrinhos da Marvel comprado pelo estúdio nos anos 90. Assim surgia, em 2005, um dos piores filmes de super-herói já feitos (sendo que a mesma Fox já havia lançado o péssimo "Demolidor"). Em mais uma decisão surpreendentemente estúpida do estúdio, chega aos cinemas em 2007 a sequência, que conseguiu a façanha de ser pior que seu antecessor. Bem meus caros, a Fox havia conseguido se superar. Quando foi anunciado que que mais um filme da já extremamente danificada franquia estava em produção, surgiu entre todos nós a esperança de que um excelente filme poderia nos fazer esquecer dos péssimos filmes anteriores, quem sabe levando até a crossovers no cinema com os X-men. Aparentemente tudo estava saindo como planejado, o estúdio contratou um ótimo jovem diretor, acertou nas escalações dos atores e lançou um bom primeiro trailer. As expectativas estavam altas e... adivinhem? Eles conseguiram de novo! Sim, esse filme me fez esquecer os anteriores, porque conseguiu ser ainda pior. Essa franquia está absolutamente morta. Mas como paguei meu ingresso para assistir essa atrocidade em forma de filme, vou pelo menos tentar tirar algum proveito em falar mal sobre ele.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "The Death of Superman Lives"

The Death of "Superman Lives": What Happend?
Direção: Jon Schnepp
Disponibilidade: Download/Online

Por: Obi-Wan



          Nada resume melhor os filmes de super-herói nos anos 90 do que aquela bizarra foto de produção, que circula na internet de tempos em tempos, mostrando um cabeludo Nicholas Cage vestindo o traje do Superman. Aquele filme, que teria Tim Burton como diretor, esteve muito mais perto de acontecer do que acredita-se, contando com quase todos os estágios de produção prontos para a filmagem quando foi cancelado. É essa incrível história de bastidores que nos conta "The Death of Superman Lives", dirigido pelo grande nerd Jon Schnepp, que admite logo no começo do filme a fascinação que sempre teve pela história do projeto. Schnepp faz com este documentário uma incrivelmente extensa compilação de entrevistas, desenhos conceituais, fotos e vídeos de produção, conseguindo de maneira extremamente competente juntar todos esses elementos em uma narrativa coesa que tenta decifrar a essência do que teria sido certamente o filme de super-herói mais mirabolante já feito.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Não Viu? Eu Recomendo! - "About Time (Questão de Tempo)"

Questão de Tempo
(About Time)
Direção: Richard Curtis
Disponibilidade: Online/Download

Por: Han Solo



17h41min – (Quarta-Feira, 22 de Junho de 2015)

About Time é um filme que parte de dois pontos principais já muito usados no cinema para se tornar uma obra extremamente original e encantadora: viagem no tempo e, o gênero mais popular na indústria, a comédia romântica. Com uma fotografia maravilhosa, um roteiro muito inteligente, que aborda muito bem as possibilidades do elemento “viagem no tempo”, atuações carismáticas e belíssima trilha sonora - Tudo isso levado ao nível do sublime numa brilhante cena de um jantar “as escuras”. Este filme é mais uma perola do roteirista/diretor Richard Curtis que, se já havia deixado sua marca com as comédias românticas britânicas extremamente inteligentes “Um Lugar Chamado Nothing Hill” e “Quatro Casamentos e Um Funeral”, faz deste longa um possível candidato a favorito de qualquer um...

17h41min – (Quarta-Feira, 22 de Junho de 2015)

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Crítica: "Homem-Formiga"

Homem Formiga
(Ant-Man) 
Ação/Aventura - 2015 (Estados Unidos)
Data de Estréia no Brasil: 16/07/2015
Direção de: Peyton Reed
Distribuidora: Disney/Buena Vista

Normalmente não é preciso muito tempo para eu preparar o conteúdo de uma crítica, mas é admirável que esta nova obra do universo Marvel me tenha tomado um tempo considerável para reunir todos os pontos da história. É mesmo uma pena que isto se deva muito mais às pretensões rasas do filme, sendo diversas partes deste esquecíveis por simplesmente soarem formulaicas e/ou uma mera prévia dos próximos filmes envolvendo o universo montado pelo estúdio.
Mas isto não deve levar a qualquer um pensar que o filme é uma experiência ruim. Muito pelo contrario, assistir a Homem-Formiga é uma experiência satisfatória para qualquer um que procure um passatempo interessante no cinema. A história de Scott Lang (Paul Rudd), um ex-presidiário que ao sair da prisão acaba se envolvendo num roubo que o leva a conhecer Dr. Hank Pyn (Michael Douglas), participar do plano deste para roubar o traje “Jaqueta Amarela” (sutileza não é o forte do material de origem) e assim garantir que este não caia nas mãos erradas, é contada com muito humor, cenas moderadamente eficientes de ação e um protagonista carismático. Além disso, pela primeira vez um filme do universo Marvel me felicita ao me explicar o porquê (Porque em nome de deus...) quando a coisa aperta os vingadores não são chamados para proteger o mundo.

terça-feira, 14 de julho de 2015

O porquê amamos cinema: "Divertida Mente"


Por Obi-Wan


       Por que vamos ao cinema? Faço essa pergunta não visando apenas o porquê de assistirmos filmes (o que em si já é um grande questionamento), mas também tentando entender o porquê de irmos até uma sala de cinema. Além do óbvio motivo de querermos assistir os lançamentos logo, uma vez que demora em torno de 3 meses para conseguimos acessá-los em locadoras, serviços de streaming e etc., nos dispomos a sair de nossas casas, ir até um shopping e muitas vezes enfrentar filas enormes e um preço salgado, por um único motivo: a experiência. Não somente a experiência proporcionada por aspectos materiais, como a poltrona confortável, a tela grande ou o potente sistema de som, mas também a experiência psicológica de estar em uma sala com várias outras pessoas acompanhando na tela o desenrolar de alguns minutos de pura arte. Seja sozinho em meio a desconhecidos, ou com a família, amigos ou namorado(a), temos a interessante sensação de acompanharmos juntos uma mais variada teia de sensações, idealizadas por produtores, cineastas e atores, e condensadas em um rolo de filme a ser exibido para o público.
        O elemento mais interessante desse cenário é pensar que cada um de nós tem um entendimento e uma sensação diferente do que está sendo exibido em tela. Claro, quem produz o filme tem em mente os contornos gerais das sensações que pretende transmitir, porém, é impossível prever como cada um dos inúmeros espectadores irão recepcionar seu filme. Cada um de nós, com nossas experiências de vida e formas de pensamentos, temos uma visão diferente sobre o que é produzido por outra pessoa. É esse o principal objetivo e beleza da arte, a interseção entre a idealização do artista ao produzir uma obra e o sentimento do público ao observá-la. É essa empatia coletiva que nos leva a procurar tanto o cinema, seja qual for o meio de atingi-lo, do sofá de nossas casas ou na sala de cinema.
        Pensando nessa infinitude de experiências que o cinema pode nos proporcionar, lançamos aqui no blog essa espécie de "coluna" ou "crônica" sobre o porquê nós amamos cinema. A ideia é que vocês leitores nos enviem contribuições falando sobre a relação de vocês com o cinema, seja uma experiência de ir até o cinema ou simplesmente a sensação particular que tem com um filme em específico. Estamos sempre falando sobre filmes aqui no blog, mas tentamos sempre empregar uma visão mais crítica e, dentro do possível mais técnica. Assim, a ideia é que essa sessão do blog seja voltada para experiências, sentimentos, não análises. Para isso, pedimos a colaboração de todos para que nos ajudem a divulgar esse post e nos mandem em texto um relato sobre sua experiência particular com qualquer filme e publicaremos o texto aqui no blog, identificando o autor ou anonimamente se assim a pessoa preferir. Podem nos contactar com comentários aqui no blog, na página do facebook, por nossos perfis pessoais ou por nosso e-mail (haneobiwan@gmail.com). Ficaremos certamente muito felizes de compartilhar na página o maior número possível de experiências cinematográficas que conseguirmos!
            Iniciando os textos sobre "o porquê amamos cinema", deixo-os com um belíssimo texto escrito por uma leitora sobre "Divertida Mente", o mais novo lançamento da Pixar que, como sempre, nos deixa a todos com uma teimosa lágrima querendo sair de nossos olhos.