domingo, 31 de janeiro de 2016

Os 10 Melhores Filmes de 2015 (vídeo)



  Demorou, admitimos, mas finalmente chegou! Apresentamos a vocês caros leitores do História em 35mm nossa lista dos melhores filmes de 2015. Temos esse ano algumas mudanças em relação ao top 10 de 2014: a primeira e mais significativa é em relação ao formato da lista, que fizemos em texto aqui no blog ano passado e optamos pelo vídeo em 2015. A outra mudança, como explicamos no vídeo que vocês podem ver abaixo, se refere aos filmes que levamos em conta para a realização do top 10. Neste ano optamos por fazer um post contendo os melhores filmes do primeiro semestre de 2015, abordando muitos dos filmes de 2014 que chegaram no Brasil somente em 2015. Já para o vídeo levamos em conta os filmes que estrearam no Brasil entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016 (o que explica o pequeno atraso no lançamento da lista).
          Assim como 2014, 2015 foi também um ótimo ano para o cinema, misturando grandes blockbusters de surpreendente qualidade (como "Perdido em Marte" e "Mad Max: Estrada da Fúria") e os já tradicionalmente excelentes filmes independentes e de baixo orçamento. 2015 foi um ano extremamente relevante para o cinema também em um sentindo social, sendo que a discussão de assuntos socialmente relevantes teve uma excepcional presença também nos filmes de maior orçamento. Comentamos isso e mais no vídeo que deixo a vocês abaixo, com nossas considerações sobre os 10 melhores filmes de 2015:


       Deixamos neste post também as críticas que temos publicadas no História em 35mm sobre os filmes que figuraram em nossa lista dos melhores do ano:


Obrigado e que a Força esteja com vocês!

sábado, 30 de janeiro de 2016

Crítica: "99 Homes"

99 Homes
Data de Estreia no Brasil: sem previsão
Direção: Ramin Bahrani
Distribuição: Broad Green Pictures


"99 Homes" se encaixa em um subgênero muito bem definido de filmes hollywoodianos: aqueles que tratam de temas muito comuns na vida econômica norte-americana, mega transações envolvendo imóveis, bancos e o Governo. A trama em torno destes filmes costuma focar no que é micro dentro dessas grandes movimentações de dinheiro, ou seja, a história pessoal das pessoas e famílias por trás das hipotecas e desapropriações. O que mais chama atenção sobre a narrativa de "99 Homes" é provavelmente seu pano de fundo, a grave crise econômica que abalou os Estados Unidos em 2008 (assunto que também aborda A Grande Aposta, sob outro aspecto). O filme se passa em 2010 e explora as consequências diretas da crise no mercado de imóveis, onde muitos perderam tudo e outros viram nisso uma grande oportunidade para lucrar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Crítica: "Joy - O Nome do Sucesso"

Joy - O Nome do Sucesso
(Joy)
Data de Estreia: 21/01/2016
Direção: Davi O. Russell
Distribuidora: Fox

David O. Russel parece cada vez mais fascinado em estudar núcleos familiares problemáticos que em certo ponto parecem entrar em colapso mesmo que não haja uma separação total de seus membros psicologicamente quebrados. Foi assim com “O Vencedor”, “O Lado Bom da Vida”, “Trapaça” e é assim com seu novo trabalho, “Joy: O Nome do Sucesso”, que o trás novamente contando uma história real, mas que em muitos pontos a magia do cinema se faz escancarada aos nossos olhos.
Se existe um mérito a ser destacado a cima de tudo no filme de O. Russel é o fato de que uma premissa tão simples é executada de maneira interessante e com bastante energia. Joy Mangano é uma mulher com um talento criativo que um dia decide patentear uma invenção sua (um tipo de esfregão mais prático e higiênico para a limpeza), tornando-se mais tarde uma das maiores personalidades empreendedoras dos Estados Unidos.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Crítica: "Room" ("O Quarto de Jack")

O Quarto de Jack
(Room)
Data de Estreia no Brasil: 18/02/2016
Direção: Lenny Abrahamson
Distribuidora: A24


Antes de mais nada, me sinto na obrigação de dar a você leitor o seguinte aviso: "Room" é um filme pesado. Não no sentido gráfico (há inclusive um grande cuidado por parte dos produtores em mostrar pouco de cenas chocantes), mas em sua temática. "Room" acompanha a vida de Joy e seu filho de 5 anos, Jack, ambos prisioneiros de um homem que sequestrou Joy e a mantém por 7 anos trancada dentro de um pequeno cômodo no quintal (room), estuprando-a regularmente e mantendo mãe e filho somente com o estritamente necessário para a sobrevivência. Porém, apesar da pesada temática, o roteiro não aposta majoritariamente no suspense e no horror de tal situação. O enfoque é claramente a condição psicológica das vítimas de tal abuso, sendo que o filme utiliza a inteligente solução de abordar a situação através da inocente perspectiva de Jack, uma criança de 5 anos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Crítica: "Goodnight Mommy"

Boa Noite, Mamãe
(Ich Seh Ich Seh)
Data de Estréia no Brasil: 21/01/2016
Direção: Severin Fiala, Veronika Franz
Distribuição: RADiUS-TWC


Há alguns meses atrás o trailer deste filme austríaco figurou em vários sites especializados em cinema como promessa de um filme aterrorizador. Com mais de 8 milhões de visualizações no YouTube (marca impressionante para um filme de língua não-inglesa) o vídeo despertou o interesse dos fãs do horror por conta de sua atmosfera perturbadora. Com a estréia recente do filme nos Estados Unidos e no Brasil, finalmente pudemos conferir se "Goodnight Mommy" entrega o que promete. 
Diferentemente do que o trailer indica, "Goodniht Mommy" não é exatamente um filme de horror, mas um thriller psicológico que consegue criar uma atmosfera de suspense e constante tensão muito mais pelo que não é mostrado do que pelo que se pode ver em tela, muito mais pelo que é omitido do que pelo que é dito, sutilezas que existem muito mais para serem absorvidas do que conscientemente percebidas. Através destas sutilezas "Goodnight Mommy" tenta e tem sucesso em deixar seu público completamente perdido a cada nova movimentação dos personagens e da trama. Ao assistir o filme somos compelidos a um sentimento de mais pura tensão, acompanhando dois irmãos gêmeos (Elias e Lukas) em sua crescente convicção de que sua mãe, em recuperação de uma cirurgia plástica facial por conta de um acidente, não é quem diz ser. Seu comportamento estranho e muitas vezes violento reforça a expressão de horror e estranheza causada por seu rosto todo enrolado em bandagens, e é a partir disso que o filme consegue extrair seus principais momentos de tensão.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Crítica: "A Grande Aposta"

 A Grande Aposta
(The Big Short)
Data de Estreia no Brasil: 14/01/2015
Direção: Adam McKay
Distribuidora: Paramount Pictures

Tanto quanto o próprio ramo imobiliário, a crise econômica de 2008 sempre me pareceu um assunto de difícil compreensão o qual envolvia termos complexos e jogos políticos obscuros calcados em uma base econômica de mesma natureza. Eis então que o brilhante didatismo desta obra magnífica, "A Grande Aposta", possibilita não só um maior entendimento por parte do expectador a cerca dos assuntos citados acima, como também, sendo um filho perfeito de "Margin Call- O Dia Antes do Fim" e "O Lobo de Wall Street", consegue criar um clima de envolvimento e revolta por parte do público com esta obra que é, sem dúvida alguma, um dos filmes mais importantes e conscientes da macro estrutura econômica e sua corrupção sistêmica. 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Crítica: "Aliança do Crime"

Aliança do Crime
(Black Mass)
Data de Estréia no Brasil: 12/11/2015
Direção: Scott Cooper
Distribuição: Warner Bros.


Em toda temporada de Oscar, surgem à tona filmes que se destacam entre tantos outros pela qualidade da atuação de seu protagonista mais do que por sua qualidade em si. Isso pode ser muito bem observado em "Livre" e "Para Sempre Alice", por exemplo. Desde o lançamento dos primeiros trailers de "A Aliança do Crime", muito se falou sobre o filme como uma espécie de "grande volta" para Jhonny Depp, ator muito querido pelo público que acabou caindo em uma sequência de filmes de qualidade muito duvidosa e fracassos de bilheterias nos últimos anos. Porém, ao contrário dos outros dois casos citados, em que Reese Witherspoon e Juliane Moore eram absolutas protagonistas de seus filmes, sendo difícil imaginá-los sem tais atrizes, "A Aliança do Crime" não gira tanto em torno da figura de Jhonny Depp como se imaginava.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Crítica: "Straight Outta Compton: A História do N.W.A."

Straight Outta Compton
Biografia/Drama/Música
Data de Estréia no Brasil: 29/10/2015
Direção: F. Gary Gray
Distribuição: Universal Pictures


Não se deixe enganar pela capa e pelo nome, "Straight Outta Compton" não é um filme sobre rap ou sobre rappers: é muito mais do que isso. Claro, o eixo central do filme é a formação do grupo de rap NWA, como eles explodiram no cenário da música no final dos anos 80 e a posterior carreira de seus membros nos anos 90. Usando esse pano de fundo, "Straight" discute temas extremamente relevantes para a sociedade atual: segregação racial, abuso de força policial, liberdade de expressão. Tudo isso está presente do começo ao fim do filme, muito bem interconectado com a história que o roteiro propõe a contar.
Assim como qualquer outro tipo de arte, a base da música é sobretudo expressão. "Straight" mostra como um grupo de jovens de Compton usaram a música como forma de exprimir todos os conflitos de seu cotidiano. Muitos acusavam as letras de seu rap "agressivo" de incitar a violência e a desordem. Elas não incitavam a violência, mas eram apenas um reflexo da presença desta no cotidiano de qualquer jovem negro nos Estados Unidos de qualquer época, sempre alvo de suspeita e abuso de força policial por causa da cor de sua pele. Através do rap, estes jovens se levantam contra essa injustiça social que transborda seu cotidiano, gritando junto com a platéia "Fuck the Police". Este é o tema que justifica a existência e enorme importância de um filme como "Straight Outta Compton": liberdade de expressão, independente da forma que se escolha para fazer isso.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Crítica: "Spotlight - Segredos Revelados"

Spotlight - Segredos Revelados
(Spotlight)
Drama/Biografia
Data de Estreia no Brasil: 07/01/2015
Direção: Tom McCarthy
Distribuição: Sony pictures

"EXTRA! EXTRA! SPOTLIGHT É UM FILME SENSACIONAL! EXTRA! EXTRA!"
No dia 7 de janeiro de 2016, o filme “Spotlight – Segredos Revelados” estreou no Brasil com a temática pesada da investigação jornalística de uma equipe do Boston Globe sobre a corrupção institucional da igreja católica em seu esquema de proteção e omissão de membros do clero pedófilos. A matéria que venceu um prêmio Pulitzer é o centro narrativo desta obra cinematográfica que pode vir a ser um dos favoritos a vencer o Oscar. O História em 35mm estava lá para cobrir a projeção.
 Dirigido por Tom McCarthy (que também assina o roteiro ao lado de Josh Singer) o filme faz justiça ao comparativo que tanto se faz com obras como “Todos Os Homens do Presidente” e “Zodíaco”, não só por seu tom investigativo e jornalístico, mas principalmente em sua abordagem visual. Esta é fundamentada numa lógica visual brilhante de McCarthy que conduz a narrativa com fluidez seja por travellings que nos guiam pela redação do jornal, além de nos darem uma noção da geografia do local, ou mesmo na composição de seus quadros que, montados de maneira econômica, conseguem aproveitar todo o espaço de tela para que diversos personagens reajam de formas diferentes a qualquer informação nova. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Crítica: "Creed - Nascido Para Lutar"

Creed - Nascido Para Lutar
(Creed)
Drama
Data de Estreia no Brasil: 14/01/2016
Direção: Ryan Coogler
Distribuidora: Warner Bros.

Assim como seu protagonista, “Creed – Nascido Pra Lutar” é um filme que tenta se afastar da imagem de seu “pai”, a franquia “Rocky”, batalhando pro traçar seu próprio caminho num meio brutal e competitivo. É claro, aqui e ali a nostalgia de rever velhos rostos, contar velhas histórias e emocionar com o que nos é conhecido se posta no centro do dilema e do desenvolvimento tanto de filme quanto personagem.
Centrado na figura de Adonis Creed, filho de Apolo Creed, o filme acompanha a história do garoto briguento que, após largar seu emprego executivo, parte definitivamente para a carreira de boxeador, sendo treinado por nada mais nada menos que o “Garanhão Italiano”, Rocky Balboa. A partir da dinâmica certeira entre estes dois personagens e os fantasmas de suas vidas é que o filme engrena em uma luta intimista e delicada sobre a própria vida.

Crítica: "Carol"

Carol
Drama/Romance
Data de Estreia no Brasil: 14/01/2016
Direção: Todd Haynes
Distribuidora: Mares Filmes

Tente imaginar a vida de uma mulher nos anos 50, em todas as dificuldades que ela pode encontrar dentro e fora do casamento. Imagine como é pra essa mesma mulher enfrentar um divórcio, que envolva a guarda de um filho. Imagine agora que essa mesma mulher é lésbica e seu marido sabe que ela é, e obviamente não consegue aceitar esse fato. Passe agora a imaginar uma mãe tendo de se separar de sua filha por sua condição, qualquer que seja não necessariamente que envolva sua orientação sexual. Não é algo fácil, porém também não é fácil negar sua essência, privar-se de ser quem você é. Esse é o dilema que passa a personagem principal de “Carol”.
Carol Aird (Cate Blanchett) é uma mulher que está enfrentando um processo de divórcio, como é de costume, bastante conturbado. Therese Belivet (Rooney Mara) é uma jovem que ainda busca se encaixar profissional e pessoalmente. Encontram-se pela primeira vez numa loja de brinquedos que Therese trabalha e onde Carol vai comprar um presente para sua filha.  O início do romance entre Carol e Therese não é nada complexo, ambas parecem bem certas do que querem, ainda que Therese demonstre certo receio em determinados momentos, ela parece estar certa quanto seus sentimentos. Complexas seriam as conseqüências que causaria essa relação. Carol está tentando se divorciar de seu marido Harge Aird, interpretado por Kyle Chandler, e no meio disso tudo tenta permanecer com a guarda da filha, de quem ela evidentemente não pretende abrir mão, por outro lado Carol também não deseja abrir mão de seu relacionamento com Therese.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Crítica: "Ponte dos Espiões"

Ponte dos Espiões
(Brigde of Spies)
Drama/Thriller
Data de Estréia no Brasil: 22/10/2015
Direção: Steven Spielberg
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures


"Ponte dos Espiões" estreou no Brasil há alguns meses atrás e infelizmente não consegui assistir o filme no cinema. Portanto, quando consegui conferir a nova parceria de Steven Spielberg e Tom Hanks não o fiz pensando em escrever uma crítica. Porém, algo me convenceu. Este é um blog que discute, na medida do possível, a relação do cinema com a história. "Ponte dos Espiões" é um filme extremamente fértil para se explorar a construção que o cinema faz sobre o passado. Isto é de extrema importância, pois o cinema, sendo uma arte de massa, tem grande capacidade de influenciar a visão que o censo comum constitui sobre o passado que é reconstituído em tela. Portanto, considero que o elemento mais importante a se observar em "Ponte dos Espiões" é como o cinema norte-americano representa a Guerra Fria e os antigos inimigos "vermelhos".

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Crítica: "Os Oito Odiados"

Os Oito Odiados
(The Hateful Height)
Comédia/Drama/Faroeste/Mistério
Data de Estreia no Brasil: 07/01/2016
Direção: Quentin Tarantino
Distribuidora: Diamond Pictures





EXCELENTE

Normalmente a “nota” colocada por estrelas da morte se situa após a crítica escrita para que, após uma leitura dos diversos aspectos abordados por quem a escreve, o leitor possa criar em sua cabeça o debate com os argumentos expressos no textos (tendo uma vez assistido ao filme) ou traçar uma leitura lógica que o faz ter sua própria ideia de qual seria a nota para aquele filme, levando a comparar com as estrelas da morte que encontra no fim da página. Mas creio que dessa vez o exercício que proponho deva ser diferente para que o leitor possa organizar os pensamentos da mesma forma que eu organizei ao sair do cinema: após três horas carregadas de simbolismos e do mais puro cinema, eu tinha a perfeita convicção de que este era um excelente filme, mas os motivos estavam muito fragmentados em meus pensamentos. Todos os pontos que sempre analiso estavam preenchidos em meu cérebro, mas eu precisava organizá-los de uma maneira lógica para expô-los.
Assim, convido-os a leitura de meu próprio exercício mental no qual eu apresentarei 8 motivos pelo qual “Os Oito Odiados” é um excelente filme.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Crítica: "Steve Jobs"

Steve Jobs
Drama/Biografia
Data de Estreia no Brasil: 21/01/2016
Direção: Danny Boyle
Distribuidora: Universal Pictures 

Muito se argumentava do porque fazer mais um filme baseado na vida do controverso Steve Jobs. Tendo uma história famosa, muito explícita na internet e na literatura, porque afinal de contas era necessário mais uma obra cinematográfica, sendo que outra havia sido lançada ano passado? O que o filme de Danny Boyle poderia fazer diferente de seu “antecessor”? A resposta é simples: Ser um bom filme! Resultado não só alcançado, mas ultrapassado, sendo uma das obras mais coesas, bem atuadas e estruturadas que o pude ver no ultimo ano.
Filmes biográficos tendem normalmente a cair numa mesma fórmula: se constroem em três atos bem estabelecidos num arco dramático claro, desenvolvem-se a partir do que a figura central “deixa para a posteridade” e se solidificam em atuações espetaculares (e basta conferir os medianos “O Jogo da Imitação” e “Ray” e o bom “Johny e June” para perceber como essa regra se aplica quase sempre). Sabendo disso, o roteiro de Aaron Sorkin não nega sua estrutura clássica, pelo contrário, abraça tais características para um desenvolvimento mais complexo da “trama”.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Crítica: "MacBeth: Ambição & Guerra"

MacBeth: Ambição & Guerra
Drama/Guerra
Data de Estreia no Brasil: 24/12/2015
Direção: Justin Kurzel
Distribuição:  Diamond Films


Com milhares de adaptações para o teatro, literatura e para o cinema, as obras de Shakespeare são sempre um potencial para se estudar o período que seus inscritos foram feitos (assim como também os que eles retratam), além de sempre traçarem paralelos brilhantes para qualquer período da história da humanidade que, envolta de violência, cobiça e medo, sempre se mostrou aberta para a interpretação poética da obra atemporal do Bardo.

Dessa forma, adaptar uma peça como MacBeth não é traçar um caminho fácil. E como poderia ser? História conhecida e presente no imaginário coletivo, a peça é um estudo da cobiça da glória e do próprio questionamento do destino imposto (?) ao homem. A loucura paranóica e a auto-degradação são pontos chaves da tragédia de MacBeth. Aquele que, após ter recebido o presságio de três oráculos de que seria o rei da Escócia, resolve tomar em suas próprias mãos o destino e, com a ajuda de planejamento de sua esposa, executa seu primo que era dono do trono.