sexta-feira, 17 de abril de 2015

Não viu? Eu Recomendo! - "Tempo de Despertar" (1990)

Tempo de Despertar
(Awakenings)
Direção Penny Marshall
Disponibilidade: Online/Download/Netflix


Por: Han Solo



Eu não conheci Oliver Saks, "Leonard Lowe" ou tive em minha vida qualquer contato com pessoas que sofrem de encefalite letárgica ou qualquer outro tipo de doença semelhante, mas ao final deste comovente filme eu me via às lágrimas pela revolta e desilusão que eu senti em afeto aos seus personagens. Há um grau de envolvimento e comoção com cada figura que passa pela tela que a nítida impressão que se tem é a de que aquelas pessoas não são só conhecidas, como também são velhos amigos.
A história, baseada em experiências reais presentes no livro do brilhante Olive Saks, nos apresenta a Malcom Sayer (Robin Williams), um neurologista solitário e tímido que, a partir de uma droga destinada à pacientes com Parkinson, começa o “despertar” de pessoas aparentemente em estado catatônico no hospital psiquiátrico no qual trabalha. Desenvolvendo o envolvimento do médico com os pacientes de uma forma com que este se torne nosso envolvimento também, o filme ganha amplitudes fantásticas com a entrada do personagem de Robert De Niro em cena, Leonard Lowe.
É da interação entre estes dois personagens principais que o filme brilha, e ambas a performances dos atores são de extrema importância para isso e extremamente bem compostas. Seja com os “tiques” e maneirismos que De Niro desenvolve de forma perfeita, seja pela interpretação contida e sensível de Williams, este filme é um deleite para aqueles que gostam de filmes por suas atuações. Porém, o que me faz recomendar fortemente este filme é o seu elemento humano. Cada pequeno detalhe frustrante da vida dos nossos queridos personagens e cada momento de felicidade nos envolvem com extrema comoção. Sofremos com suas limitações e sorrimos com suas pequenas vitórias. Seja em relação ao amor, à dor, aos sonhos e aos medos, nos sentimos conectados e abraçados por todos os sentimentos que saltam da tela.
Contando ainda com uma direção muito bem pensada da subestimada Penny Marshall (você viu Quero Ser Grande na sessão da tarde) e com momentos de puro brilhantismo da direção de arte, este filme me atingiu de uma forma que pouco outros conseguiram. Espero que represente o prazer (e inevitavelmente a dor/compaixão) que representou para mim.























Han e Obi-Wan Recomendam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário