quarta-feira, 23 de março de 2016

Crítica: "Batman Vs Superman: A Origem da Justiça"

Batman Vs Superman: A Origem da Justiça
(Batman Vs Superman: Dawn of Justice)
Ação/Fantasia
Data de Estreia no Brasil: 24/03/2016

Direção: Zack Snyder
Distribuição: Warner Bros.


Por Mr. Spock


A transposição do universo dos super heróis para o cinema pelas duas grandes gigantes dos quadrinhos – Marvel e DC – se fez por caminhos contraditórios. Enquanto a primeira enfileirava sucessos estrondosos de bilheteria, permeados por alguns tropeços, a segunda teve dificuldades para fixar seus personagens nas telonas. Só no final da década passada e no começo desta a DC, em parceria com a Warner, finalmente acertou a mão com a trilogia Batman, dirigida por Christopher Nolan, e que restituiu ao personagem a dignidade perdida depois dos fiascos protagonizados por Val Kilmer e George Cloney.

domingo, 20 de março de 2016

Crítica: "Demolidor" (2ª Temporada)

Demolidor
Ação/Crime/Drama
Data de Lançamento: 18/03/2016
Distribuição e Disponibilidade: Netflix
Produção: Drew Goddard


       Antes de mais nada, preciso avisar: esta é uma análise sem spoilers, portanto não entregarei nada de crucial para o desfecho da história. Porém, tratando-se de uma série de televisão, é impossível falar sobre a trama sem pelo menos citar eventos que ocorrem ao longo dos primeiros episódios, como por exemplo personagens que retornam e alguns acontecimentos que movem a trama. Assim, se você pretende assistir esta temporada sem saber absolutamente nada sobre o desenvolvimento da narrativa aconselho que leia esta crítica somente após ter assistido todos os episódios, ou pelo menos a metade da temporada.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Crítica: "A Bruxa"

A Bruxa
(The Witch)
Drama/Mistério/Terror
Data de Estreia no Brasil: 03/03/2016
Direção: Robert Eggers
Distribuidora: Universal Pictures

É muito fácil encontrar na internet qualquer notícia, post ou qualquer relato informal sobre pessoas saindo da sessão de “A Bruxa” acreditando que o filme foi uma experiência incrível, enquanto pessoas ao seu lado o criticam duramente e vice-versa. É mais fácil ainda entender o porquê disso: sendo uma obra que não se calca nas convenções do gênero para agradar os espectadores em suas posições cômodas, “A Bruxa” é muito mais do que um drama, terror ou mesmo thriller, é um estudo eficaz e perturbador sobre uma figura muito comum na cultura pop do horror, que brinca com as emoções e pensamentos de qualquer um que esteja disposto a dedicar sua atenção ao filme.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Crítica: "House Of Cards" (4ª Temporada)

House Of Cards
Drama
Data de Lançamento: 04/03/2016
Distribuição: Netflix
Produção: Beau Willimson, Dana Brunetti, David Fincher, Robin Wright, Kevin Spacey, Melissa Gibson, Michael Dobbs, John Mankiewicz, Eric Roth, Joshua Donen

Desde a sua estréia em fevereiro de 2013, “House Of Cards” parece empenhada em utilizar de alegorias óbvias de crítica ao governo estadunidense em meio a mais pura dramatização de eventos que por vezes soam como absurdos, mas que ganham força justamente na sobreposição dos dois para traçar um estudo eficaz da ambição e do poder políticos. A quarta temporada da série chega estruturada de maneira para salientar o brilhante (e agora óbvio) trocadilho criado com o título da série: da mesma maneira que a escalada ao poder se deu de forma minuciosa e paciente, como quem constrói um “castelo de cartas”, a fragilidade de tal “edificação” é inexorável pelos rastros deixado pelo nosso protagonista, Frank Underwood, sendo um sopro de vento capaz de tombar a obra de corrupção do presidente.

sábado, 5 de março de 2016

O Iluminado (1980): a Loucura de Jack Torrance


Por Obi-Wan

        Publicado em 1977, "O Iluminado" foi o terceiro livro de Stephen King e seu primeiro best seller. A escrita da história se baseou na estadia do autor no Stanley Hotel em 1974. A ideia base da história é um hotel aparentemente "mal-assombrado" que atormenta a família Torrance, encarregada de cuidar do hotel durante seu fechamento no inverno. A grande qualidade do livro e seu bom número de vendas logo despertaram a atenção de produtores interessados em adaptá-lo para o cinema (como virou rotina na carreira de King).
       O processo de escrita do roteiro do filme foi longo e conflituoso. Se por um lado Stephen King é conhecido por ser zeloso demais quanto a fidelidade de adaptação de seus livros, Kubrick sempre foi referido por seus colaboradores como um dos diretores mais difíceis de se trabalhar. King disse em entrevistas que Kubrick chegava a telefoná-lo de madrugada para perguntá-lo se ele acreditava em Deus. Como não poderia deixar de ser, diretor e autor quase nunca concordavam sobre o rumo que a história deveria tomar, o que levou a um rompimento entre os dois e o abandono do projeto por parte de King, que até hoje vê com maus olhos o filme de 1980.
        Como grande admirador das duas obras, vou me esquivar da questão sobre qual dos dois é melhor, o livro ou o filme, pois acredito que sejam perspectivas distintas sobre uma mesma história. Enquanto o mestre do suspense Stephen King utiliza durante todas a história elementos sobrenaturais provocados pelo cenário, o filme de Kubrick deixa em aberto até perto do fim se os acontecimentos sobrenaturais são realidade ou imaginação.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Não Viu? Eu Recomendo! - "Room 237"

O Labirinto de Kubrick
(Room 237)
Documentário
Direção: Rodney Ascher
Disponibilidade: Download/Online

Por Obi-Wan


Diferentemente da maioria dos documentários produzidos sobre filmes "Room 237" não se trata de um making off sobre "O Iluminado" (1980), mas uma produção que condensa várias interpretações sobre inúmeros aspectos do filme de Stanley Kubrick. Sabe aquela pessoa que fica obcecada com um filme a ponto de achar nele coisas que parecem completamente absurdas? Bem, parece que elas sentaram para conversar enquanto tomavam um chá da tarde, e o resultado dessa união de maluquices é "Room 237". 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Crítica: "Sense8" (1ª temporada)

Sense8
Drama
Data de lançamento: 05/06/2015
Distribuição: Netflix
Produção: J. Michael Straczynski, Andy Wachowski, Lana Wachowski

           A possibilidade de ter todos os episódios de uma série disponíveis de uma só vez é uma interessantíssima adição ao formato de exibição de uma série de TV. Em oposição ao tradicional "episódio da semana", a liberação de uma temporada inteira de uma só vez permite que cada um tenha a oportunidade de escolhar seu próprio ritmo para acompanhar uma história. Eu, por exemplo, assisti as primeiras temporadas de "Demolidor" e "Jessica Jones" em apenas dois dias. Já "Sense8"... confesso que foi um processo um pouco mais demorado. Se a série tivesse sido lançada no formato mais tradicional eu provavelmente a teria abandonado no primeiro episódio. Porém, com toda a história disponível, resolvi acompanhá-la até o fim. E certamente não me arrependo.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Crítica: "O Tigre e o Dragão: A Espada do Destino"

O Tigre e o Dragão: A Espada do Destino
(Crouching Tiger, Hidden dragon: Sword of Destiny)
Data de Estreia no Brasil: 26/02/2016
Direção: Woo-Ping Yuen
Distribuição: Netflix

A partir de uma história com premissa simples que dava vazão para cenas de ação coreografadas com perfeição e que se mostravam extremamente divertidas por serem construídas de forma alógica para os princípios da física (com personagens que podiam praticamente voar entre os edifícios), “O Tigre e o Dragão” se tornou um fenômeno de crítica e público, destacando para o mundo o brilhantismo do diretor talentoso, e hoje muito premiado, Ang Lee. 16 anos depois, a Netflix (que será responsável pela dominação do cinema ao lado de Fassbender e Oscar Isaac) lança esta sequencia que frustra ainda mais quando em comparativo com a obra de 2000.