Louca Obsessão
(Misery)
Direção: Rob Reiner
(Misery)
Direção: Rob Reiner
Disponibilidade: Netflix/Dowload/Online
Adaptado da obra homônima de Stephen King, Misery (ou “Louca
Obsessão”, como diz o título óbvio brasileiro) é um filme tão “fácil” de se
assistir quanto perturbador. O filme é um deleite para qualquer um que consiga agüentar
suas quase duas horas de muitos momentos de tensão na história trágica de Paul
Sheldon (James Caan), um escritor sem muita aclamação da crítica que, após um
acidente de carro, é resgatado pela enfermeira Annie Wilker (Kathy Bates).
Mostrando-se preocupada em ajudar, sendo a “fã número um” do escritor, logo
Annie mostra sua verdadeira face, a tal louca obsessão presente no título
nacional. Assim, o filme fica aberto para poder trabalhar de forma magnífica a
psicopatia, a “inspiração” autoral e o trauma.
Dessa forma, a psicopatia torna-se tão vívida e afastada da
abordagem caricata graças à direção bem orquestrada de Rob Reiner e também da
atuação inspiradíssima de Kathy Bates. Se o diretor consegue dar fluidez a
narrativa com seu início mais lento, porém que apresenta bem todos os
personagens, e planos detalhes que ressaltam toda a tensão das cenas, quem
brilha e rouba o filme é mesmo Kathy Bates, que não utilizando apenas da
alternação de humor e olhar vago pra compor sua personagem, aos poucos nos faz
esquecer da presença da atriz, já que Annie Wilker toma seu lugar de forma
assustadora e com uma complexidade formidável, se mostrando uma criatura tão
insegura e quebrada psicologicamente que torna-se extremamente decidida aos
atos mais assustadores.
E é assim que chegamos à tal “inspiração autoral”, já que
esta se mostra reflexo dos atos torturantes de Annie para que ela possa coagir
Paul Sheldon a escrever “sua obra prima”. A atuação de James Caan, vale
ressaltar, é crua e extremamente bem dosada, sendo ponto chave para que
possamos investir no elemento mais característico do cinema: a empatia. Sendo
assim, fácil de notar como a experiência agonizante que passa com Annie será traumática
ao extremo, independente de se ele conseguirá ou não fugir de seu cativeiro.
Eficiente ainda por fazer com que o próprio espectador
sinta-se também preso numa casa no meio do nada, Misery é a prova definitiva de
que poucos personagens e uma trama bem resolvida são mais do que o necessário
para se fazer uma obra espetacular. Pra quem já é fã de Kathy Bates, a sua “obra
prima” de atuação proporciona que você se torne seu “fã numero um”.
Han e Obi-Wan Recomendam!
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